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Experiência com energias renováveis contribui para formação de profissionais conscientes
13.09.2013 | 11:26 | #engenharia-eletrica
Experiência com energias renováveis contribui para formação de profissionais conscientes
Com experiência em pesquisas voltadas ao uso de energias renováveis junto a comunidades quilombolas, o professor Eduardo Teixeira da Silva - vinculado ao curso de Engenharia Elétrica da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) – evidencia a importância de se abrir espaço à implantação de projetos que causem o menor impacto possível ao meio ambiente e alerta para o aumento na demanda de mão de obra especializada para trabalhar com esse tipo de tecnologia.   

O assunto não é novo e tem sido pautado frequentemente pelos principais veículos de comunicação do Brasil. Em 2002, por meio da instituição do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), o Governo Federal passou a incentivar o aumento da utilização de fontes de energia com potencial para complementar o modelo hidrelétrico, hoje responsável por cerca de 70% da capacidade de geração de eletricidade no país.

“A intenção do governo é promover a diversificação da Matriz Energética brasileira”, ressalta Teixeira. Responsável pelas disciplinas de Centrais Elétricas I e II, ele conta que procura introduzir a temática das fontes de geração de energia em sala de aula. “É um campo que cresceu muito no país. Está, inclusive, faltando engenheiros para atuar nesse mercado”, explica. 

O docente da UCPel diz acreditar na importância da pesquisa acadêmica estar voltada à prática e a conduta de vida dos indivíduos. “É necessário que o resultado dos estudos possam retornar à sociedade, como forma de contribuir para assegurar, por exemplo, a melhoria das perspectivas econômicas e sociais de comunidades rurais e isoladas”, diz.

Mas a motivação de Teixeira não é apenas científica e profissional. Sua experiência na utilização de energias renováveis em meio à Comunidade Quilombola Contemporânea Morada da Paz, de Triunfo, da qual é membro fundador, contribuiu de forma decisiva em sua trajetória acadêmica. Mestre em Engenharia Industrial pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), o pesquisador dedicou-se à avaliação da complementaridade das fontes de energia eólica e solar ao serem aplicadas na energização de comunidades não atendidas pelo sistema convencional de distribuição de energia elétrica. Para a aplicabilidade da pesquisa, Teixeira realizou um estudo de caso junto à Comunidade Quilombola Quenta Sol na Bahia. 

Segundo o pesquisador da UCPel, foi possível verificar que o investimento em tecnologias elétricas sustentáveis – oriundas dos ventos, sol, biomassa e água – proporciona diversos benefícios. “As energias renováveis apresentam uma boa perspectiva para a solução não só de problemas pontuais – como no caso das comunidades estudadas. Elas contribuem, acima de tudo, para auxiliar no combate a uma das mais graves ameaças à vida no planeta, promovendo a redução da emissão de gases de efeito estufa”, destaca.

Em síntese, Teixeira salienta que é possível comprovar, cientificamente, que o aumento na diversidade da oferta de energia proporciona novas perspectivas para comunidades que vivem em regiões periféricas, contribui para a geração de empregos no setor energético e incentiva a adoção de um modelo de vida mais sustentável. 

Proinfra
Dados do Governo Federal revelam os investimentos realizados na área das energias renováveis durante os últimos anos. Quase 2% de toda a matriz elétrica brasileira tem participação da energia eólica e a projeção é estar entre os dez países com maior capacidade de instalação desse tipo de energia no mundo. Esses dados resultam da aplicação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), o qual tem revelado a vocação do país na promoção de uma matriz elétrica limpa.

A comunidade científica está atenta a esse processo e tem procurado atender a demanda gerada pelo incentivo ao aprimoramento de tecnologias que valorizem a contração de projetos voltados ao potencial das energias renováveis. Tudo indica que esse mercado deva crescer muito nos próximos anos.
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