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Curso de extensão on-line oferece debate sobre racismo, gênero e vulnerabilidade
Curso de extensão on-line oferece debate sobre racismo, gênero e vulnerabilidade

Três intelectuais negras ministram o curso de extensão “Diálogos interseccionais: Racismo, gênero e vulnerabilidades no Brasil contemporâneo”, com inscrições abertas a partir desta terça-feira (1°) até o dia 8 de setembro. A proposta é debater e problematizar questões referentes a encarceramento em massa, interseccionalidades, racismo estrutural e direitos humanos.

Tais temas são estudados por dois projetos de extensão da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), sendo ambos responsáveis pela realização do curso: Relações Étnico-raciais na Sociedade Brasileira, coordenado pela professora Carla Ávila, e Pela Cultura dos Direitos, sob coordenação do professor Tiago Lemões.

O destaque para interseccionalidade, segundo Lemões, ocorre porque o conceito permite aglutinar as diferentes opressões sociais, podendo descartar explicações tradicionais, muitas vezes preconceituosas, e oxigenar o debate com questões mais profundas.

 

Os encontros

O curso será realizado em três módulos, desenvolvidos nas seguintes datas: 24/9, 29/10 e 26/11. O primeiro deles abordará “Racismo estrutural: As múltiplas formas de produção e reprodução das desigualdades raciais”, com a cientista política Édna da Rocha. A proposta será compreender como o racismo está presente na estrutura da sociedade, atravessando tanto as relações sociais quanto a economia e a política nacional.

O segundo encontro se intitula “A face necropolítica do estado brasileiro” e terá a condução da advogada e psicóloga Thaíse Farias. A reflexão ocorre a partir de práticas governamentais violentas e genocidas direcionadas a algumas populações.

O terceiro e último módulo, “Hierarquia racial e a guerra às drogas”, terá a participação da assistente social Daniela Ferrugem, que deve abordar aspectos de sua dissertação a respeito da política de drogas orientada por uma organização racial vigente no país.

“Trabalhar com questões como racismo, vulnerabilidade e, principalmente, interseccionalidade, é importante para pensar de que forma esses sistemas de opressão, dentro do modo de produção capitalista, afetam diferentes corpos”, resume Carla.

 

Inscrições

O curso é indicado para estudantes da graduação, militantes de movimentos sociais e profissionais que trabalham com populações vítimas de processos de vulnerabilização. As inscrições podem ser feitas aqui e possuem o valor de R$ 10,00. Serão oferecidas 40 vagas. Os encontros on-line ocorrem através da plataforma Google Meet, no horário das 19h30min às 21h.

 

Redação: Max Cirne

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