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Núcleo de Extensão Produtiva e Inovação ultrapassa meta e influencia empresas
29.09.2014 | 10:00 | #institucional
Núcleo de Extensão Produtiva e Inovação ultrapassa meta e influencia empresas
Na fábrica de bombachas La Invernada, acaba de passar o período mais movimentado do ano: a Semana Farroupilha. A produção da peça mais típica do vestuário gaúcho vai de vento em popa. Mas não exatamente pelo natural aumento de pedidos nesta época. Uma inovação no processo produtivo e novas formas de pensar o negócio, proporcionadas pela assessoria do Núcleo de Extensão Produtiva e Inovação (NEPI), da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), possibilitou o aumento da produção da fábrica em 33%. E novas perspectivas no horizonte do empresário Calixto Clavijo.

O projeto iniciou na UCPel em abril, quando foi firmado um convênio entre a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e a Universidade. A proposta do Governo do Estado é fomentar a capacitação de indústrias em 53 diferentes segmentos que são considerados estratégicos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. 

Seis extensionistas e um coordenador formam a equipe responsável por atender 29 municípios dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento da Região (Coredes) Sul e Campanha. Em quatro meses, a meta de cem empresas foi ultrapassada e hoje o grupo assessora 104 indústrias. 

O plano de trabalho contempla um diagnóstico inicial, que avalia a gestão do empreendimento. Marketing e vendas, operações básicas, operações "mais limpas", infraestrutura e aquisição são os itens averiguados. Dependendo do grau atingido, a indústria poderá saltar a etapa inicial e passar direto ao Módulo de Produtividade e Inovação. Lá, são planejadas ações para qualificar a empresa com criatividade. 

Um plano de ação é elaborado para atender as principais demandas do empreendimento. Conforme o coordenador do projeto, Cristian Kuster, 90% das empresas atendidas pelo NEPI já estão com diagnóstico implementado e pelo menos 50% já têm seu plano de ação construído.

A consultoria é totalmente gratuita e a contrapartida solicitada às empresas é a disposição para o investimento em si mesma. De acordo com Kuster, a perspectiva é de ampliação do projeto.

Radiografia
Segundo o extensionista João Alberto Gonçalves Júnior, no mapeamento das principais demandas das empresas atendidas, em quase a totalidade delas foi detectado pouco controle - que pode envolver variados aspectos, como produção e recursos. Outro dos pontos assinalados foi a necessidade de capacitação dos colaboradores. "A capacidade de produção é a soma 'máquina mais homem'. Observamos que máquinas existem, mas falta a mão de obra qualificada. É a grande necessidade dos dois Coredes", aponta.

Qualificação
Conhecer seu trabalho, seu produto, o mercado e as potencialidades. Na avaliação de Gonçalves Júnior, essas são características essenciais para um empreendedor, que, combinadas com o projeto desenvolvido pelo NEPI, têm tudo para gerar uma receita de sucesso. Um exemplo é a empresa de Clavijo, que dirige, junto ao pai Adalberto, a empresa que atende 32 cidades. O plano de ação elaborado para eles, que continha de três a quatro ações específicas, já foi superado em muito pela dupla empreendedora. Gonçalves Júnior, que é o extensionista responsável por atender a La Invernada, conta que estão em cerca de dez as ações desenvolvidas na indústria. "Estou tentando colocar em prática e tendo resultado. A logística e a produção estão melhores. Tenho conseguido abrir mais a visão dentro e fora da empresa", disse Clavijo.

Gerenciamento da produção, das finanças, estabelecimento de metas semanais e quinzenais - bem assimiladas pelo grupo de oito funcionários -, organização do estoque e uma inovação no processo produtivo - com economia de tempo e matéria-prima - são alguns dos aspectos apontados por ele.

O tempo exato de produção de uma peça foi colocada na ponta do lápis e o volume passou de 200 para 300 itens elaborados por semana. A intenção é aumentar o número de funcionários e produzir 4 mil peças por mês. "Há demanda", ele garante, apostando no projeto. "Precisava disso. Tem sido uma 'mão na roda'".

Pela qualidade
Com a cultura de planejamento e preocupação com a estruturação - para, depois, o crescimento -, a construtora Olavo Rocha já aposta nas ações do Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR) - onde o NEPI está vinculado - há cerca de oito anos. "Recebemos com muita satisfação a parceria com o Núcleo de Extensão Produtiva e Inovação. Somos admiradores e torcedores do EDR", disse o empresário Olavo Rocha. De acordo com ele, o apoio vem para qualificar a gestão da empresa e garantir desenvolvimento e fortalecimento. "É um papel muito importante para nós e para outras empresas. O projeto com a AGDI veio coroar esse trabalho. Consideramos de muita importância o fortalecimento da indústria no Estado, que é uma necessidade do país", pontuou.

Para o empresário, a qualificação da gestão é o grande aspecto que deve ser fomentado para garantir competitividade. Uma das poucas construtoras do Estado que possui um setor de Planejamento e Controle de Produção, a Olavo Rocha valoriza o planejamento e realiza reuniões semanais compartilhando planilhas e mapas de produção com os funcionários. "Temos um profundo compromisso em aprimorar cada vez mais a gestão. Para o que vem contribuir com isso, estamos de portas abertas e mangas arregaçadas para caminhar nesta direção".
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