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Programa de Extensão da UCPel presta atendimento fisioterapêutico à comunidade
29.11.2018 | 16:11 | #fisioterapia
Programa de Extensão da UCPel presta atendimento fisioterapêutico à comunidade
Com intuito de levar à população um atendimento especializado em fisioterapia, surgiu o Programa de Extensão Atenção Fisioterapêutica na Comunidade. Fruto da união de projetos desenvolvidos no curso de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a atividade extensionista oferece serviços nas áreas esportiva, saúde do trabalhador e Parkinson.

Entre os três eixos de atuação, em 2018, o grupo atendeu cerca de 200 pessoas. De acordo com o coordenador do Programa, professor Flaviano Moreira da Silva, cada paciente ainda gera um impacto indireto em outras cinco pessoas. “Nosso impacto direto é a reabilitação do indivíduo e o indireto é em seus familiares e pessoas próximas”, explica.

Conforme o professor, o objetivo do Programa é atender nichos da população que não possuem acesso a uma fisioterapia especializada. No Brasil, atendimentos fisioterapêuticos são realizados, em sua maioria, nas vias particulares (clínicas e planos de saúde). “A fisioterapia é um nicho restrito, principalmente à população de baixa renda, e nós buscamos melhorar o acesso e dar suporte a essas pessoas”, conta.

O Programa é considerado o maior na área de Extensão da UCPel e conta, neste ano, com 29 bolsistas (entre remunerados e voluntários) divididos nos três projetos: Fisioterapia Esportiva, Saúde do Trabalhador e Grupo de Parkinson. “Esse ano foi muito bom e cada projeto teve suas vitórias que no final culminaram no sucesso do programa”, avalia o coordenador.

Para a formação acadêmica dos estudantes, participar do Programa de Extensão complementa, de forma prática, os conteúdos teóricos abordados em sala de aula. Os atendimentos proporcionam uma experiência de atuação real, supervisionada pelos professores. Segundo acredita o docente, é uma troca na qual a comunidade recebe um atendimento especializado de qualidade, precursor da Universidade.

Além disso, através da integração entre pesquisa e extensão, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver trabalhos acadêmicos, oriundos dos atendimentos práticos. ”O grande sucesso do projeto é essa íntima relação que o aluno tem entre pesquisa, ensino e extensão, parceria vital da Universidade Católica e do nosso curso”, finaliza Flaviano.

Fisioterapia Esportiva

A linha da Fisioterapia Esportiva começou a ser desenvolvida em 2006, com a equipe de futsal da UCPel. Após sucesso dos resultados, novas instituições foram agregadas ao projeto. Atualmente, o grupo presta atendimento à equipe de remo do Centro Português, no projeto Remar para o Futuro; à equipe de taekwondo da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (ESEF/UFPel) e ao time de futebol feminino do Esporte Clube Pelotas.

Em todos os projetos, o grupo da UCPel trabalha na reabilitação dos atletas na linha da fisioterapia esportiva - que busca reabilitação em um tempo mais rápido. Os atendimentos individualizados são prestados pelos estudantes na clínica do curso, localizada no Campus Dr. Franklin Olivé Leite. Além disso, os bolsistas visitam os locais de treino das equipes para realizar trabalhos preventivos.

De acordo com o professor Flaviano, responsável pelo grupo, as situações vivenciadas através do projeto são experiências que o currículo, muitas vezes, não consegue abranger. “São casos especializados e agregam bastante na formação dos alunos”, comenta. Ainda, os acadêmicos recebem capacitações de técnicas como ventosa, dry needling e liberação miosfascial. “Normalmente são técnicas buscadas após a faculdade e nós inserimos isso já no projeto”, conta.

Saúde do Trabalhador

Através da ideia de que as pessoas estão inseridas em um ambiente de trabalho, o grupo Saúde do Trabalhador busca aproximar o aluno da vivência prática do mundo do trabalho ao levar o atendimento fisioterapêutico aos trabalhadores do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), UCPel e musicistas do curso de música da UFPel. “Atuamos pensando em recursos rápidos na prevenção de lesões decorrentes das atividades de trabalho”, explica a professora responsável, Cleci Rodin Blois.

O objetivo pretendido pelo grupo é a resolutividade dos casos atendidos, assim como manter os indivíduos sadios em seu ambiente de trabalho. Os alunos desenvolvem atividades de fisioterapia aquática para os pacientes do Pronto Socorro do HUSFP; ginástica laboral aos servidores da UCPel em seus locais de trabalho; e elaboração de manual de prevenção para instrumentistas de violino e flauta transversal, do curso de Música.

Além disso, os bolsistas também participam da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) em conjunto com a Segurança do Trabalho da UCPel. Na ação, os alunos prestam atendimento e realizam uma Blitz do peso das mochilas e bolsas dos trabalhadores e verificam o índice de massa corporal. “Eles dão o retorno ao trabalhador e buscam a adesão dos pacientes para uma melhor qualidade de vida”, conclui a docente.

Grupo de Parkinson

Criado há 10 anos, o Grupo de Parkinson atendia através de parceria com a Associação Pelotense de Parkinsonianos (APP). Este ano, o projeto iniciou novas atividades, conforme conta a professora responsável, Estefânia Silveira di Primio, e incrementou a fisioterapia aquática para idosos e atendimentos individualizados.

Atualmente, os atendimentos estão divididos em três partes: grupo para pacientes com menos limitações físicas (fase inicial do Parkinson), fisioterapia aquática e atendimento individualizado para casos mais graves. “Dentro dos atendimentos individualizados passamos a abraçar aqueles casos em que anteriormente não conseguíamos encaixar no projeto”, explica.

Ao ampliar o atendimento para a comunidade de Pelotas, o projeto passou a receber novos casos e, além disso, pacientes do ambulatório do Campus Dr. Franklin Olivé Leite começaram a ser encaminhados para a fisioterapia. “Resolvemos modificar o projeto para aumentar o número de participantes”, diz. As atividades prestadas pelo grupo são voltadas à prevenção, promoção de saúde e reabilitação.

Redação: Piero Vicenzi
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